sexta-feira, 22 de agosto de 2014

[Mangá] Fruits Basket

Fruits Basket



Em japonês: フルーツバスケット
Autor(a): Natsuki Takaya
Volumes: 23
Cap.: 123
Gêneros: Comédia, Romance, Drama, Shoujo, Sobrenatural, Escolar.



Sinopse: Após sua mãe morrer em um acidente de carro no caminho do trabalho, a estudante Tohru Honda vai morar com seu avô paterno. No entanto, ele decide ir morar com sua filha e os filhos dela, mas, como a casa precisaria ser reformada antes, pergunta a neta se ela não poderia morar com uma amiga durante a reforma. Sendo que sua amiga Saki Hanajima já possuía 5 pessoas morando com ela e sua amiga Arisa Uotani morava em um apartamento muito apertado, ela decide morar em uma barraca durante esse período, não contando a ninguém. Não demora muito para que Tohru descubra que, na mesma região que ela havia escolhido para montar a sua barraca, havia uma casa onde morava o seu colega de classe Yuki Sohma e seus primos, Shigure e Kyo, onde ela acaba indo morar, depois de um deslizamento que soterra sua barraca. Posteriormente, Tohru acaba descobrindo o segredo da família Sohma: Existem 13 pessoas na família que possuem a maldição de se transformarem em animais do horóscopo chinês quando estão muito fracos ou são abraçados por alguém do sexo oposto. Apesar disso, ela promete guardá-lo e tem permissão para continuar vivendo com eles.



Resenha:

Primeiramente quero dizer que esse mangá é um dos melhores que já li, comparável com NANA (que até hoje continua sem final ;/), mesmo sendo de gêneros diferentes. Foi um dos primeiros mangás que li e realmente fez com que eu me apaixonasse por eles, foi o primeiro de muitos.



A história se inicia com Tohru, uma garota que devido a diversos problemas em sua vida acaba mudando-se para uma barraca na floresta quando seu avô decide mudar-se para a casa da filha enquanto sua casa passava por reformas. Tohru, por ser gentil demais e não querer incomodar ninguém, mente para o avô dizendo que irá ficar na casa de uma amiga, e ele acredita. Ela vive em meio aos insetos e o silêncio, trabalhando e estudando, até que conhece Yuki Sohma o carinha bonitinho e misterioso do colégio em que estuda, cuja família é dona do terreno em que ela havia se instalado. São eles que a salvam dessa enrascada quando devido a um deslizamento, Tohru quase morre soterrada e perde os poucos itens que tinha. 

A partir de então Shigure - primo de Yuki com o qual o mesmo vive - convida-a para morar com eles, já que por serem só homens naquela casa eles realmente precisavam contratar alguém para limpar e cozinhar para eles. Porém, há algo de estranho com essa família, um segredo que não demora muito a ser revelado, já que os integrantes dessa  família foram amaldiçoados e devido a isso treze membros da família Sohma estão destinados a se transformarem em um dos animais do horóscopo chinês quando se encontram em estado de fraqueza ou quando abraçados por alguém do sexo oposto. 
Ela decide então ajudá-los e guardar seu segredo custe o que custar. 
Nem é preciso dizer que no início da história grande parte dos membros da família se sentem inseguros e temem que Tohru revele seus segredos, mas quando eles começam a perceber que a garota é confiável sua forma de vê-la vai mudando pouco a pouco e ela passa a ser conhecida por toda a família, mesmo que lentamente e conquistando sua simpatia.
Mas nem tudo são flores, pois no decorrer da história ela acaba sofrendo bastante para conquistar a confiança deles, principalmente, quando a ira de Akito se volta contra ela por estar tornando a vida dos membros da família mais coloridas, o que lhe causa inveja.
A forma como ela interage com eles, sempre paciente, gentil e solicita, acaba mudando eles como eles nunca imaginaram possível e pouco a pouco Tohru passa a conhecer cada um deles, suas histórias, seus traumas e cada animal em que eles se transformam.  

O enredo é bem dramático, mas também é muito engraçado e psicológico. 
E as histórias de amor e relacionamentos que se desenvolvem são lindos.
Chorei, ri e refleti muito ao ler esse mangá e recomendo muito sua leitura. Tohru, os Sohma e suas amigas irão certamente te cativar também.

Ps: Li o mangá por causa do anime, e mesmo que você tenha visto o anime, leia o mangá, pois a história se desenvolve muito mais no mangá. E existem personagens que nem aparecem no anime.




Informação adicional:

A lenda do horóscopo chinês conta que Deus daria uma festa e mandou convidar todos os animais, pedindo para que eles não se atrasassem. Porém, assim que soube da festa, o Rato foi até o Gato e o enganou dizendo que a festa seria outro dia. Com isso, no dia da festa todos os animais estavam presentes, exceto o Gato, que esperava ansioso o dia da festa. Com isso, o Gato ficou de fora do Horóscopo Chinês.

Fruits Basket é o nome de uma brincadeira conhecida no Japão, onde cada participante leva o nome de uma fruta. Só que a Tohru, quando brincava na escola, sempre era o “bolinho de arroz” (onigiri), que por não ser uma fruta era geralmente deixado de lado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

[Livro] Quem é você, Alasca?

Quem é você, Alasca? 


Autor: John Greene

Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez". 

***

Minha opinião: Sempre tive vontade de ler um livro do Sr. Greene, pois vários amigos já me indicaram livros dele - nem sempre o mesmo. Obviamente, a cada amigo que me indicava o dito cujo mais interesse eu tinha, então, dias atrás minha irmã chegou com o livro "Quem é você, Alasca?" que emprestou de um amigo na escola, então pensei: finalmente. O livro ainda permaneceu por alguns dias na minha cabeceira, mas quando resolvi começar a ler, não consegui mais parar. Posso dizer com toda franqueza que todas as indicações que recebi não mentira, o cara realmente escreve demais. E não são clichês recheados de finais felizes ou de amores impossíveis e pessoas rasas, são personagens intensos e problemáticos. Talvez, quando leio reparo muito nessas coisas em quão críveis são os personagens, mas não posso evitar, é algo que me chama atenção.  
E o livro começa com uma contagem regressiva para algo - eu não sabia nada sobre o enredo da história, logo, fui pega de surpresa pelo desfecho, apesar de a partir de certo ponto dar pra imaginar, eu não queria acreditar - e acaba sendo o antes e depois de um acontecimento que muda totalmente a vida do personagem principal, Miles (O Gordo) e todos que o rodeiam pois vai mudar a maneira como eles veem a vida e marcá-los para o resto de suas vidas.
E a forma como Miles trabalha essa tragédia, primeiro lidando com a negação, a aceitação, para em seguida lidar com a dor em si é simplesmente lindo. 
Algo que achei bem interessante foi o fato do personagem principal ter como hobby "últimas palavras", ele colecionava as ultimas palavras de célebres mortos e duas com maior destaque permeiam a obra toda, são as supostas frases finais de Simón Bolivar, "Como sairei deste labirinto?" e a de François Rabelais, "Saio em busca de um Grande Talvez".  
 

De forma especifica, a frase de Rabelais é o que motiva Miles do começo ao meio da obra, pois ele está obcecado com a possibilidade de ter o seu Grande Talvez que parece nunca chegar, e a partir do meio da obra, ou do depois, a obra gira em torno do labirinto e o que seria ele e se estamos presos nele, como fazer para escapar? No fim da obra inclusive Miles escreve a sua própria versão do que seria esse labirinto e como sair dele, acho que só por aquele bilhete que Miles deixa para seu amigo, o coronel, já vale a leitura, porque é recheado de filosofia e pensamentos, tanto perturbadores quanto tranquilizadores.



A história se passa em um colégio interno chamado Culver Creek e é onde Miles, o garoto retraído e sem amigos, conhece o Coronel, Alasca, Takumi e Lara, que acabam tornando-se seus amigos e recheando sua vida de memórias e novas experiências. Obviamente ele acaba se apaixonando por Alasca, uma garota sensual e inteligente, mas problemática. Alasca possuí uma biblioteca pessoal que montou através de lojas de garagem - bem comum nos EUA - e que ela chama de "livros da minha vida" pois são os livros que ela deseja ler durante a sua vida. É algo que encanta Miles ainda mais. Alasca é imprevisível e impetuosa, forte e ao mesmo tempo muito frágil, de uma fragilidade causada pela dor que veio para ela muito cedo, com a morte de sua mãe, bem diante de seus olhos. No decorrer do livro fica claro que o motivo das ações de Alasca serem tão inconsequentes é justamente o fato dela não poder ter feito nada para salvar a mãe.

O livro em si é realmente muito bom e recomendo fortemente, é lindo. Possui sacadas realmente muito interessantes e vai te fazer pensar um pouco mais na vida - se você for esse tipo de leitor. 


“Tantos de nós teríamos que conviver com coisas feitas e deixadas por fazer naquele dia. Coisas que terminaram mal, coisas que pareceram normais na hora, porque não tínhamos como prever o futuro. Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de conseqüências que resulta de nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.”

John Green - Quem é você, Alasca?


terça-feira, 22 de julho de 2014

Mangá: Reimei no Arcana

Reimei no Arcana




Em japonês: 黎明のアルカナ

Volumes: 13

Capítulos: 53


Autor: Rei Toma

Nota:





Sinopse: Em uma ilha, dois reinos, Senan e Belquat, vivem em guerra, até que seus reis resolvem fazer um acordo celebrando o matrimônio entre a princesa de Senan, Nakaba, e o príncipe de Belquat, Ceasar. Nesses reinos, a aristocracia é de uma linhagem que possui o cabelo preto, Nakaba sempre fora rejeitada pela família real, por ser fruto de um romance da princesa com um plebeu (e possuir cabelos vermelhos herdados do pai) e fora oferecida ao país inimigo como sacrifício, acompanhada apenas do seu fiel cão de guarda, Loki - um Ajin - que promete protegê-la de todos, inclusive de seu marido.


A arte do mangá é muito bem feita, os traços são elegantes e a história é bem interessante, particularmente não me incomoda o fato de existirem outra raça - os Ajins - que seriam bem mais poderosos que os seres humanos mas, surpreendentemente, são subjugados pelos primeiros, o que seria meio estranho. 
O mangá se inicia com a união de Nakaba e Ceasar, a princesa renegada de Senan e o segundo príncipe de Belquat em busca de uma aliança de paz que já teve várias tentativas frustradas no passado. Nesse começo parece se tratar somente de um conflito de países, mas conforme a história vai se desenvolvendo são despertados conflitos ideológicos entre as personagens que levam ao desfecho de toda a narrativa, com direito a muita falcatrua, traição e mentiras, além de sacrifícios pessoais, e prol de um ideal que no inicio parece ser inalcançável. 
Nakaba é a tipica rejeitada que concede a outra face, muito gentil, mas ao mesmo tempo perigosa e implacável quando se trata de defender o que acredita sempre auxiliada por seu fiel "cão" de guarda, o Ajin Loki, que é capaz de qualquer coisa para defender sua princesa.
Já Ceasar é um príncipe que foi ensinado desde criança a acreditar que por ser da realeza podia explorar os outros e fazer com eles o que quisesse, pois esse era seu direito. Mas acaba percebendo que as coisas não são bem assim quando conhece Nakaba e ela se nega a ceder a ele, a forma como a moça o encara e sua força de vontade, acaba conquistando-o.
A forma como as histórias pessoais das personagens são trabalhadas, para mim, deixa clara a ideia de que apesar da sociedade moldar quem somos e o que acreditamos, nós podemos lutar contra isso, podemos acreditar que o mundo pode ser diferente e que pensar igual nem sempre é o certo, as vezes é necessário enfrentar o peso de ser diferente.
E algo que gosto muito, como já disse em outras resenhas, é o crescimento pessoal existente em grande parte dos mangás que leio. São como a vida, sempre estamos aprendendo e nunca podemos parar no tempo, se o fizermos seremos deixados parar trás e tudo, tudo mesmo, é um grande aprendizado. 

Além do conflito entre realeza (comumente formada por pessoas de cabelos negros) e pessoas comuns (que possuem como característica principal cabelos loiros ou vermelhos), existe ainda o conflito entre Ajins - uma raça que é meio animal meio ser humano. E o preconceito entre as três camadas da sociedade é gigantesco. Ter uma pessoa de cabelos loiros ou vermelhos na família real é considerado uma vergonha, tanto que Nakaba passa basicamente sua vida toda encerrada em uma torre por ter cabelos rubros.
Nakaba possui ainda um poder poderoso e perigoso, o Arcana do tempo que lhe permite conhecer o passado, presente e futuro,  e precisa esconder isso ou pode ser usada como uma arma por Belquat.
Enfim, é um mangá lindo e possui uma história cativante que em muitos momentos me cortou o coração pois não se trata de uma historinha perfeita, com personagens perfeitos e com amores perfeitos. A maioria é composta por pessoas "quebradas" e a forma como o relacionamento de uma personagem modifica a vida da outra é simplesmente fascinante.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Livro: A Trilogia do Mago Negro - Clã dos Magos

Clã dos Magos

Imagem pertencente a: Aylatha

Autora: Trudi Canavan

Sinopse: Todos os anos, os magos de Imardin reúnem-se para purifi car as ruas da cidade dos pedintes, criminosos e vagabundos. Mestres das disciplinas de magia, sabem que ninguém pode opor-se a eles. No entanto, seu escudo protetor não é tão impenetrável quanto acreditam.
Enquanto a multidão é expurgada da cidade, uma jovem garota de rua, furiosa com o tratamento dispensado pelas autoridades a sua família e amigos, atira uma pedra ao escudo protetor, colocando nisso toda a raiva que sente. Para o espanto de todos que testemunham a ação, a pedra atravessa sem difi culdades a barreira e deixa um dos mágicos inconsciente.

Trata-se de um ato inconcebível, e o maior medo da Clã de repente se concretiza: uma maga não treinada está à solta pelas ruas. Ela deve ser encontrada, e rápido, antes que seus poderes fiquem fora de controle e destruam a todos.

Nota: 10

Esse livro me cativou fortemente, inicialmente pelo título. Fiquei muito curiosa quando li a sinopse e apesar de não conhecer a autora comprei o Box e não me arrependi nem por um segundo. Os três livros são perfeitos. O Clã dos Magos, primeiro dos três, narra a descoberta de Sonea sobre seus poderes misteriosos, já que por muito tempo nunca houve alguém com magia suficiente para se manifestar sem qualquer tipo de treino entre a plebe.
 E Sonea definitivamente faz parte da plebe, isso fica claro logo no começo. A menina franzina vinda da favela e subnutrida que em um surto de raiva e em uma atitude já comum no dia da purificação (momento em que as pessoas que não possuem um lar, mendigos, vagabundos e etc. são expulsos da cidade) atira uma pedra em direção aos magos responsáveis pela purificação e, surpreendentemente, atinge seu alvo trespassando o escudo protetor que sempre envolve os magos. É nesse momento que a vida da garota muda completamente, não só a dela, como a de todos que a cercam, pois inicia-se uma caçada em busca da menina que acaba tendo que associar-se a pessoas de índole duvidosa para sua proteção, os conhecidos Ladrões, um grupo de ladrões que sobrevive em túneis no subsolo da cidade, ir contra eles na favela significa a morte, eles são perigosos e manipulam a todos sem medo de qualquer represália, pois a menos que eles assim desejem, ninguém pode encontrá-los. 
Ela acaba entrando em contato com eles por meio de seu melhor amigo Cery, que se equilibra na borda - não faz parte dos ladrões, mas  também não é totalmente inocente quanto à seus negócios - e assim a verdadeira aventura começa.
A história do livro é cativante (alias, da trilogia toda!!Só melhora com o decorrer da narrativa), linda e muito bem construída. O universo criado por Canavan é de tirar o folego, difícil não se apaixonar pelos cenários e personagens magníficos, repletos de mistérios e sentimentos únicos. 
E quando Sonea passa a integrar o clã dos magos, o conflito entre as duas camadas sociais, o preconceito e a forma como ela é tratada pelos magos simplesmente por sua origem, são exatamente como a nossa sociedade. E só com muito esforço ela consegue mudar a imagem que eles tem sobre ela e que ela tem sobre os magos e percebe que na realidade nem são tão diferentes assim.

Altamente recomendado :)

Mangá: To LOVE-Ru Darkness

To LOVE-Ru Darkness
Em Japonês: To LOVEる -とらぶる- ダークネス



Autor: Saki Hasemi
Ilustração /Co-Autor: Kentaro Yabuki
Gênero: ComedyEcchiRomance,SchoolSci-FiShounenHarem,Supernatural
História: 6
Arte: 9
Nota: 6

        Sinopse: Continuação direta de 
To-Love-Ru. Todos os personagens principais fazem uma aparição junto com algumas novas adições. Rito continua a cair em situações perigosas e ecchi's. Lala ainda utiliza suas habilidades únicas para tentar pegar uma confissão de amor do Rito. Nana e Momo se transferiram para a escola e conhecem Mea, uma garota que parece ser alegre e livre de preocupações mas por traz dessa alegria há um segredo. Momo em particular, quer que Rito se torne um Rei criando um harém para ele. Enquanto trama seu plano, ela confronta Konjiki no Yami também conhecida como Yami. Eles são interrompidos por estudantes possuídos que começam a lutar com uma força anormal. Agora, a nova trama aparece como uma pessoa misteriosa que está no controle dos alunos e está testando as habilidades de assassinato de Yami. Quem será este novo inimigo?


Apesar de ter gostado bastante de To LOVE-Ru, não consegui gostar dessa continuação, a história ficou muito vaga e o enfoque no suposto "harem" tão desejado por Momo (irmã de Lala) acaba ficando muito apelativo, então não consegui simpatizar pois até mesmo os momentos engraçados e as situações drásticas e absurdas em que Rito se mete tornam-se enfadonhas e forçadas, são raras as situações em que consegui ver graça. 

Já li muitos ecchi e não me incomodo com a apelação sexual, mas acho que tudo em excesso é ruim, é o que acontece com esse mangá, pecou pelo exagero, infelizmente, pois a história de To LOVE-Ru prometia. 
Enfim, só recomendo se o gosto pelo ecchi for muito grande  e não se incomodar com a putaria rolando solta.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Livro: O grande Gatsby

O Grande Gatsby

Autor:  F. Scott Fitzgerald



Sinopse: Obra-prima de Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby é o romance americano definitivo sobre os anos prósperos e loucos que sucederam a Primeira Guerra Mundial. O texto de Fitzgerald é original e grandioso ao narrar a história de amor de Jay Gatsby e Daisy. Ela, uma bela jovem de Lousville e ele, um oficial da marinha no início de carreira. Apesar da grande paixão, Daisy se casa com o insensível, mas extremamente rico, Tom Buchanan. Com o fim da guerra, Gatsby se dedica cegamente a enriquecer para reconquistar Daisy. Já milionário, ele compra uma mansão vizinha à de sua amada em Long Island, promove grandes festas e aguarda, certo de que ela vai aparecer. A história é contada por um espectador que não participa propriamente do que acontece - Nick Carraway. Nick aluga uma casinha modesta ao lado da mansão do Gatsby, observa e expõe os fatos sem compreender bem aquele mundo de extravagância, riqueza e tragédia iminente.

Nota: 8


Decidi ler O Grande Gatsby por ter visto muitos comentários positivos sobre tal obra, o que me despertou curiosidade, não me decepcionei. É um livro denso e que trabalha muito fortemente a questão das aparências e a forma como a vida é bizarramente imprevisível e confusa e muitas vezes somos levados pelos dias prendendo-nos ao passado e em sonhos que já não existem mais, ou ao menos não deveriam, e esquecendo do presente e, consequentemente o futuro.
No início do livro o que me prendeu foi o desejo de descobrir quem era o tal Gatsby e por qual motivo o livro levava o seu nome. E quando o tal Gatsby aparece é envolto em uma bruma de mistério que prendeu ainda mais minha atenção, pois a vida e origem de tal personagem é repleta de boatos e suposições e só com a leitura bem avançada se descobre a verdade sobre ele (e ainda em partes).
O livro em si é mais uma reflexão sobre a própria existência e a vida em sociedade e como as pessoas podem ser fúteis. 
Sem dúvida é um livro maduro e retrata muito bem a sociedade da época, as festas, a inconsequência, a prosperidade e etc.
Para mim um dos fatos mais marcantes foi o fato de Gatsby ter feito de tudo para conquistar riqueza e poder finalmente ficar com Daisy e tudo o que ela significava (sua juventude, inocência etc.) mas perceber por fim que nada daquilo lhe pertencia mais, já pertenciam a outro.

O narrador (Nick) não fala muito de si mesmo, em geral são narradas somente suas interações com as outras personagens - Tom, Gatsby, Daisy, Jordan e etc. - e até mesmo o seu amor acaba transformando-se em mais um desejo que não se concretizou.
É como se ele fosse somente mais um conformado em meio a multidão, ele não possuí grandes ambições e desejos e é até mesmo acomodado em sua situação. 
De certa forma, todas as personagens principais são pessoas maduras e frustradas. Se por um lado bem-sucedidas financeiramente, infelizes na parte sentimental.
Recheado de excessos, amores e desilusões, ambição e desonestidade o livro é repleto de pessoas reais, tão confusas e perdidas quanto eu, você ou o seu amigo.


Mangá: Cat Street

Cat Street


Japonês: キャットストリート

37 Cap. 8 volumes

Categoria: Romance, drama, shoujo.

História e arte: Yoko Kamio

História: 10

Arte:9,5

Nota: 10

Sinopse: A história possui como personagem principal uma ex-atriz mirim muito famosa que se retirou da sociedade após um fracasso em palco.  Por ser reclusa ela não frequenta nenhum circulo social além de sua própria casa (mas ela mal fala com seus familiares), até que um dia ela acaba conhecendo El liston, uma escola livre para pessoas como ela que não tem um lugar ao qual pertencem. E esse é o grande marco de sua vida, a partir do momento em que ela passa a frequentar o El Liston sua vida muda totalmente e uma nova fase se inicia. Apesar de ser muito reservada, de alguma forma ela começa novas amizades e reencontra um rapaz por quem era apaixonada quando mais nova.


O mangá é simplesmente lindo e mostra o gigantesco crescimento pessoal dos personagens que são típicos gatos de rua, pessoas sem rumo na vida, ou que não se encaixam nos padrões da sociedade. São personagens profundos, todos possuem complexos e problemas pessoais que são obstáculos gigantescos em suas vidas, muitos desses obstáculos não podem ser resolvidos sozinhos e só conseguem ser minimizados ou solucionados com a ajuda de amigos.
Quando Keito entra em El Liston a vida dela muda totalmente, é como se seu mundo antes cinzento ganhasse cores com as pessoas que ela conhece, pois eles a apoiam e entendem, mesmo que muitas vezes ela esconda deles seus problemas.
Por serem pessoas solitárias, eles valorizam muito a amizade e fazem de tudo uns pelos outros. 
Apesar de ser drama, possui muitos momentos engraçados e o romance que surge de forma natural entre as personagens é simplesmente lindo, mesmo que problemático. 
Por fim, quero dizer que recomendo MUITO esse mangá, por ser lindo e fofo sim, mas também por ser profundo e conter lições de vida, pois muitas vezes não nos abrimos parar as pessoas por medo de nos machucar por traumas do passado e não nos permitimos viver momentos incríveis por medo. 


por: Débora Brauner

Mangá: Lovely Complex

Lovely Complex



Em japonês: ラブ★コン

68 cap. 17 volumes

Autor: Nakahara Aya

Desenho (Art): Nakahara Aya

Categoria(s): comedia, drama, escolar, romance, shoujo


Sinopse:Risa e Otani estão em uma situação similar. Nenhum está namorando ninguém, ambos estão continuamente a ser ridicularizado como uma dupla de comédia (cortesia de seu sensei ), e ambos têm problemas de altura! Risa é mais alta do que a média, e Otani é menor do que o indivíduo médio! Determinado a estar em um relacionamento, ambos decidem animar uns aos outros sobre a guerra do amor. No entanto, ao longo do caminho, Risa começa a desenvolver sentimentos por Otani ... São estes sentimentos mútuos? O amor pode vencer, não importa o que a altura?

Nota: 10




Tanto o mangá quanto o anime figuram entre os meus favoritos. A história é muito linda e cativante e nos faz rever certos conceitos sobre a importância dos sentimentos verdadeiros sobre as aparências.
Sinceramente o mangá me surpreendeu muito, esperava uma comédia comum, com personagens rasos, mas não é o caso. Os personagens são profundos, principalmente os principais e o conflito que se trava entre o que o mundo dita e o que verdadeiramente se sente é bem marcado. Além disso, adoro histórias que retratam crescimento pessoal e essa possuí isso bem forte também, pois os personagens amadurecem muito durante o decorrer da história.
O grupo de amigos que acaba se formando é muito absurdo, um mais troll que o outro, sempre levando a vida com um sorriso e rindo da desgraça alheia (mesmo que seja a do melhor amigo). Mas ao mesmo tempo são sempre solicitos - shoujo, oi. 
Porém, uma das coisas que mais cativa o leitor é que o amor de Risa e Otani não surge do nada, ele acontece com as situações do dia-à-dia, é construído com muito trabalho e amizade. Inclusive os amigos deles no começo vivem dizendo que eles seriam perfeitos um para o outro, mas devido as brincadeiras de seus colegas de sala e - inclusive de seu professor - eles refusam isso fortemente, afinal, quem quer ser conhecido como parte de uma dupla de comediantes?
E como todo garoto, Otoni tem sua cota de miopia e não percebe quando Risa está apaixonada por ele, o que causa muitos problemas e sofrimento para a garota, até que ela decide que irá conquistá-lo.
Fora que é muuuito engraçado, eu particularmente adoro mangás caricatos, em que os personagens fazem caras bizarras que por si só já causam o riso. E o romance é simplesmente muiito fofo (e não termina no primeiro beijo yey).
Não existem grandes surpresas quanto ao fim da história, mas ainda assim, quando se termina a leitura dá aquele aperto no coração típico, aquele sentimento de não querer se separar dos personagens. 

Por: Débora Brauner