quarta-feira, 29 de julho de 2015

{Mangá} Akuma to Love Song

Akuma to Love Song



Em japonês: 悪魔とラブソング
Autor: Tomori Miyoshi
Volumes: 13
Capítulos: 91
Gênero: Drama, romance, escolar, cotidiano.

Sinopse: Era um dia completamente comum no colégio Touzuka até o momento em que uma nova estudante surge transferida de uma das melhores escolas, o St. Katria, uma escola feminina com uma pontuação elevada e muito superior a de Touzuka. Maria Kwai possui uma beleza muito acima da média e rapidamente vira assunto de fofoca em todo o colégio, todos querem saber quem é ela e porque se transferiu, dúvida que é logo sanada pela garota que anuncia calmamente que havia sido expulsa do colégio anterior por bater em um professor, o que obviamente faz com que todos a rejeitem chamando-a de demônio Maria devido a sua sinceridade ácida, exceto por dois estudantes que passam a ser seus únicos amigos... O que irá acontecer com essa garota problemática e super sincera? O que se esconde em seu passado e qual o motivo real por ela ter batido em uma professora sendo que não aparenta ser do tipo violenta?


Minha opinião: 

É uma história muito interessante, com o avanço dela desejamos cada vez mais saber sobre a história por trás de Maria e sobre os motivos que a fizeram ser como é no momento em que a narrativa se inicia. Apesar de no principio a garota parecer metida e problemática, vemos que no fundo ela só não sabe se expressar e que na verdade busca fazer amigos e ser aceita como é, com sua sinceridade ácida e todos os seus defeitos, não aceitando tendo que mudar quem é pra pertencer ao grupo. Claro que fica claro que ela deseja ser uma pessoa melhor, mas definitivamente não pretende deixar a sociedade moldar quem ela deve ser. 
É devido a sua atitude inicial arrogante que a classe toda se volta contra ela e começa uma intensa realidade de bullying na vida escolar de Maria na qual ela só possui dois aliados, dois amigos que tentam ajudá-la sempre que possível: Meguro, um rapaz silencioso e de poucos amigos e Kanda, rapaz alegre e amigo de todos, mas que na verdade está sempre mascarando o que verdadeiramente sente e o que pensa sobre o mundo que o cerca. Acredito que seja justamente o jeito super sincero de Maria que os atraía até ela, pois eles almejam ser como ela.
No decorrer da história o trio passa por diversas dificuldades e acaba se tornando mais próximo com o passar do tempo e surge inclusive um triângulo amoroso, porém, não é um triângulo daqueles chatinhos que fica naquele disse que me disse e enrolando, Maria rapidamente percebe seus sentimentos por um deles e passa a investir em sua felicidade.
O que eu gosto em Maria é que apesar de ter diversos problemas consigo mesma e acabar acreditando que é mesmo um demônio, ela não fica triste ou se deixa abalar pelas coisas ruins que acontecem com ela, mas sim continuo buscando quem a aceite como é e que possa tornar sua vida uma existência mais alegre, não quero com isso dizer que ela está buscando alguém em quem se apoiar e jogar seus problemas, pelo contrário, inicialmente é muito dificil para ela confiar em qualquer pessoa, por isso ela se fortifica e tenta resolver seus problemas com sua própria força e eu adoro isso nela, ela não é a típica personagem fraca de Shoujo, ela encara as dificuldades de frente e quando você pensa que "poxa agora ela vai ficar toda cheia de frescura e com remorso" isso não acontece, ela continua firme e forte defendendo o que acredita.
Gosto principalmente do modo como, assim como na vida, os desejos dos personagens em alguns momentos entram em conflitos e eles acabam se machucando mutuamente e precisam descobrir como remediar seus erros e como fazer as coisas darem certo, mesmo que eles não possam voltar no tempo.
É mais profundo do que a maioria dos shoujos que vemos por ai e também mais realista, acho que por isso gostei tanto!

 Os personagens evoluem muito durante a história e a parte psicológica é muito bem trabalhada no crescimento deles que é acompanhado de muitos erros e obstáculos a serem superados. É uma história de superação e aprendizado, repleta de babados e coisas fofas que encantam qualquer um (inclusive um sapato divido ao qual Maria dá o nome de Augustine que possui asas e babados para todo lado).

 Esse é o Augustine *-*



As capas... As capas são de uma beleza e encanto à parte! Vou deixar somente três como exemplo para mostrar que não estou mentindo



quinta-feira, 11 de junho de 2015

Livro: Os sofrimentos do Jovem Werther

Os sofrimentos do jovem Werther


Autor: Johann Wolfgang von Goethe 


Muitos livros me conquistaram completamente durante toda a minha vida, Werther definitivamente foi um deles, tanto que foi, inclusive, tema de minha monografia de literatura alemã na faculdade. Eu sou apaixonada por Werther, tudo nele me cativa e me encanta, desde a fluidez do texto a expressividade e beleza dessa escrita poética que não cansa de me deixar maravilhada.
Publicado em 1774, Os sofrimentos do jovem Werther, em alemão, Die Leiden des jungen Werther, romance epistolar de Johann Wolfgang von Goethe, fez um sucesso tão estrondoso que foi considerado o primeiro Best-seller da literatura alemã, além disso, dezenas de jovens, buscando inspirar-se em Werther e seu extremismo apaixonado, viriam a cometer suicídio por toda a Alemanha.
Narrado em primeira pessoa, o livro possui notas de rodapé que indicam que alguns nomes e locais foram substituídos por dados fictícios, o que contribui para que o leitor realmente acredite no narrador, como se a história narrada e a personagem fizessem parte de seu próprio mundo, assim sendo, fica mais fácil para o leitor acreditar na transposição das emoções e sofrimentos do autor para as páginas deste livro.


Vale lembrar, que, apesar de tratar-se de personagens, situações e uma história fictícia, segundo estudiosos de Goethe, ele passou por uma situação muito parecida pouco antes de dar inicio a seu romance.  Segundo as histórias, enquanto exercia o Direito na cidade de Wetzlar, que era o centro da corte de Justiça Imperial, Goethe conheceu Charlotte Buff, por quem se apaixonou perdidamente, o problema: sua amada era a noiva de um de seus colegas mais íntimos, o que lhe causou grande sofrimento quase o levando a cometer suicídio o que teria lhe rendido a ideia para Os sofrimentos do Jovem Werther.

Em Os sofrimentos do jovem Werther, é através das cartas enviadas por Werther a seu amigo Wilhem que o leitor tem contato com toda a história dessa personagem tempestuosa e repleta de fraquezas, vícios e defeitos, além de uma inteligência e paixão impar, que encontra na morte a única saída para uma vida que não pode ser plena, já que ele nunca poderia ter aquilo que mais desejava e, claramente não se encaixava ao mundo.
Esse romance é, sobretudo, sobre uma paixão extrema, não só pela amada, mas sim por tudo, Werther não tem limites, ele vive tudo intensamente desejando beber a vida de um só trago, com uma vontade e uma sede que parecem não se encaixar em um mundo burguês que é dominado pelas aparências e as máscaras sociais.
Para quem gosta do Romantismo esse livro é simplesmente perfeito e eu recomendo fortemente a sua leitura.
E se alguém me disser: "Ah mas esse livro é tão antigo, não quero quer algo tão velho". Eu digo que Werther SEMPRE será atual, é um clássico que transcende a passagem dos anos pois aborda questões humanas e problemáticas que nunca terão uma resposta definitiva como religião e o eterno questionamento do motivo pelo qual existimos, amor, desigualdade social, a valorização do ter em detrimento do ser.

Além disso tudo que já foi dito, o triângulo amoroso que se forma entre Charlotte, Werther e Albert é tão intenso e puro ao mesmo tempo, tão lindo... Que não tem como não se apaixonar pela narrativa, sério.

Minha nota (obviamente) é: 10!

Ps: O quadro Caminhante Sobre o Mar de Névoa  é uma pintura de 1818 do artista alemão Caspar David Friedrich.

Livro: O teorema Katherine

O Teorema Katherine

Autor: John Green 

Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Minha opinião:

Para ser bem sincera, depois de "Quem é você, Alasca?" Eu acho que talvez estivesse esperando demais do livro por isso me decepcionei um pouco com a narrativa que não era tão fluída e interessante quanto a do outro livro. Então, para mim, o fato de ter lido antes um livro melhor dele talvez tenha me "estragado" para O Teorema Katherine.  
Em primeira instância temos Collin, um judeu ruivo de cabelos encaracolados e meio nerd que sempre quis ser um gênio, já que quando criança foi considerado um prodígio e agora sente todo o peso disso sobre seus ombros pois, não consegue produzir nada genial e de prodígio passou a ser só mais um na multidão e isso o atormenta. Então, quando sua décima nona namorada termina com ele, Collin decide que está na hora de mudar de ares e para isso convoca seu fiel escudeiro Hassan para ir com ele. É nesse momento que eles iniciam suas sagas em busca de algo que possa lhes ajudar a compreender um pouco melhor seus lugares no mundo. 
De certa forma Collin é como qualquer outra cara no mundo que não consegue manter um relacionamento saudável, o que o distingue de todo o resto é o fato de sempre namorar uma Katherine pois é apaixonado pelo nome, pela forma como ele soa aos seus ouvidos, por sua grafia... Enfim, tudo nesse nome o atrai a pessoa que o possui.

Em meio a busca de quem ele é e do que ele pode fazer pelo mundo ele e Hassan acabam indo parar em Gutshot, uma cidade sem muitos atrativos além de uma lanchonete, o túmulo falso de um Arquiduque e uma fábrica. E lá eles são contratados para fazer um registro histórico da cidade pela mãe de Lindsey, uma garota que seria muito comum e igual a todas as outras que moram em Gutshot, exceto por um detalhe: ela é como Collin e Hassan com um agravante, ela não quer ser, ela quer desesperadamente ser como os outros de Gutshot e não problematizar tudo a sua volta. 

É em Gutshot que a vida de Collin muda e ele tem seu momento "eureka", ou seja, o momento da descoberta no qual ele chega a conclusão de que ele poderia usar a sua experiência em relacionamentos para criar um teorema que justificaria a relação entre Terminantes e Terminados que supostamente poderia prever como um relacionamento terminaria. Mas ele acaba descobrindo que o teorema não poderia ser tão facilmente resolvido e que muitas vezes relacionamentos e pessoas não podem ser previstos.
A história é interessante, não digo que não é, é engraçada e eu ri em alguns momentos mas já li trocentos livros melhores em minha vida então não posso dizer que tenha sido uma ótima leitura. Foi uma leitura razoável e divertida e só. 









Minha nota: 7




Ps: Li o livro já tem alguns meses então se falei alguma besteira, me desculpem.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mangá: Solanin

Solanin


Em japonês:ソラニン
Autor(a): Inio Asano
Volumes: 2
Cap.: 28
Gêneros: Drama, cotidiano (slice of life), seinen


Sinopse: Após graduar-se  da faculdade, Meiko inicia seu trabalho em um escritório, mas ela não consegue evitar o sentimento de que deveria haver algo mais na vida. Determinada a encontrar uma meta digna ela larga o emprego, mas seria ela capaz de realmente  transformar seus nebulosos sonhos em realidade - e como essa decisão afetaria o seu relacionamento com seu namorado Taneda? 

Minha opinião:

Dia desses eu estava navegando pela internet em busca de novos mangás e acabei encontrando várias indicações bacanas em um vídeo do Youtube, em meio a essas indicações estava Solanin. Eu já tinha lido sobre ele por ai, mas nunca tinha realmente falado: "ok, agora vou ler esse mangá", estava lá, em planejo ler na Myanimelist, porém, eu nunca encontrei motivação para realmente lê-lo. O rapaz no vídeo foi tão efusivo que eu na hora senti que precisava ler e ele realmente estava certo, o mangá mexeu comigo, me deixou perturbada e irriquieta. Me despertou questionamentos que eu não gosto de ter as vezes pois me deixam triste.
O mangá não traz uma história romântica fofa e feliz na qual tudo dá certo, logo de cara nos são apresentados personagens problemáticos, pessoas que sentem que não se encaixam no mundo e que não entendem direito porque estão vivendo e que se questionam "porra, que diabos estamos fazendo de nossas vidas afinal?"
É um enredo adulto e reflexivo, repleto de questionamentos e pensamentos que muitas vezes não queremos ter, como a finidade da vida e qual seria realmente o objetivo de nossas existências, afinal, tudo o que fazemos ou deixamos de fazer em nossas efêmeras vidas deixa de existir no momento em que damos o nosso último suspiro e  nada do que sentimos/desejamos/pensamos significará algo após isso. 

Em linha gerais o mangá foca seu desenvolvimento em Meiko, uma jovem mulher que trabalha em um escritório após concluir a faculdade mas que não está satisfeita com a vida que leva e que se questiona se a vida é realmente só isso: trabalhar, ganhar dinheiro e ir levando as coisas. Não satisfeita com esse tipo de vida e desejando encontrar a si mesma ela decide pedir a conta no serviço e viver de suas economias por um tempo enquanto tenta buscar a resposta para seus questionamentos, ao que seu namorado Taneka dá total apoio, mas ele também está em sua própria batalha interna. Alias, todos os personagens estão passando pela mesma fase na vida, os vinte e poucos anos, e estão na ponta do abismo, não são mais jovens e ainda não conseguiram encontrar o que supostamente deveriam quando tivessem essa idade e são seres em conflito. 
E esses personagens vão se entrelaçando e seus receios e aflições são levados ao leitor de forma gradativa e natural, você se sente mergulhando no enredo e se afogando em todos aqueles questionamentos, querendo saber a resposta e desejando que ela lhe seja dada... Mas essa resposta não existe, cada um deve buscar a sua, o seu motivo para viver. 
O mangá traz muito tapa na cara, ou seja, vai fazer você pensar, se você não gosta de mangás assim nem leia, sério. E principalmente, traz o questionamento: Você é feliz? E inevitavelmente você vai parar para pensar em como a sua vida anda e se está satisfeito com ela assim.


Eu particularmente me identifiquei muito com a história de Solanin pois também estou nos vinte e poucos anos e ainda não sei o que quero fazer da minha vida, talvez eu nunca descubra e qual o problema disso? 



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mangá: Again!!

Again!!
Em japonês: アゲイン!!
Autor(a): KUBO Mitsurou
Volumes: 12
Cap.: 136
Gêneros: Comédia, Romance, Escolar, Shounen, Sobrenatural.

Sinopse: Imamura Kinichiro relutantemente acorda um dia para a sua graduação escolar. Ele não fez nenhum amigo e nem se juntou a nenhum clube pois todos o temem devido ao seu longo cabelo loiro e sua atitude grosseira. Refletindo sobre sua terrível vida escolar, ele se lembra de uma garota do esquadrão de torcida japonês que el e viu em sua cerimônia de boas vindas três anos antes. Procurando pela antiga sala de clube do esquadrão de torcida ele acidentalmente surpreende uma colega de sala fazendo com que ambos caíssem de uma escada.
Quando ele acorda é o seu primeiro dia de aula do ensino médio, três anos antes. Enquanto ele confusamente passa por esse dia, ele se torna capaz de corrigir uma porção de erros que ele cometeu em seu primeiro dia no passado, assim como termina por interagir com a garota do esquadrão de torcida, Usami Yoshiko. Mas ele realmente viajou no tempo ou é somente um sonho que ele está tendo enquanto seu corpo está inconsciente em algum lugar? Ele poderia realmente ter a chance de fazer tudo de novo e mudar a sua história? 

Minha opinião:

Esses dias estava procurando um manga novo para ler já que li a maioria dos shoujos que encontro no TOP 10 de vários sites, e de fato, ultimamente tenho gostado de ler shounen pois acho que é um pouco mais maduro, não tem tanto "nhenhemnhem" que alguns shoujos tem e que me irritam muito rs. Então vi Again!! em uma postagem da MangaFox no Facebook e fui ver como era e... adorei, a ideia em muitos pontos é um pouco clichê, mas em outros é bem diferente. A história principal é sobre um rapaz que simplesmente passou por sua vida escolar sem ter amigos ou ter efetivamente participado, ele era excluído e anti-social e acreditava ser melhor não se envolver com outras pessoas, mas apesar de sua resolução no seu último dia no colégio ele se sente um pouco deprimido e, por algum motivo, se lembra de uma moça que fez uma "animação" no dia de sua cerimonia de abertura quando ele entrou no colégio, mas ele não consegue lembrar o nome dela e resolve ir ver se encontra algo na antiga sala do clube do Ouedan, clube no qual a garota era membro e que hoje não existe mais.

Enquanto ele pulava a janela da sala do prédio antigo para entrar na sala uma garota que naquela mesma manhã havia trombado com ele e ficado com medo de sua aparência de delinquente, aparece  o vê naquela situação e começa a correr apavorada, nisso, ele avidamente dispara atrás dela para resolver o mal entendido e dizer que, na verdade, ele não estava fazendo nada de errado. Enquanto corria atrás da garota (Fujieda), ele escuta um estrondo muito algo e ao chegar na escada percebe que ela havia caído e uma poça de sangue se formara debaixo dela, desesperado ele corre para ajudá-la mas acaba escorregando e caindo sobre ela, nesse momento sua "alma" é enviada em um vórtice temporal e ele acorda três anos antes, no primeiro dia de sua vida escolar no colégio. E é ai que aventura de nosso herói, que definitivamente não parece um herói típico dos contos de fada, começa e sua vida muda completamente o que lhe
concede uma percepção muito madura sobre as coisas, porém, apesar de ter um nível alto de compreensão sobre o que o cerca, Imamura não possui quase nenhuma inteligência emocional, já que nunca teve amigos ou namorada. O que eu mais gosto no mangá, além da história interessante é justamente a evolução dos personagens durante o desenvolvimento do enredo.



A história é muito interessante e trabalha a ideia de "e se eu pudesse ter feito diferente? O que teria acontecido? Quem eu seria hoje?" 

*Ouedan: Esquadrão de Torcida em português. 


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

[Mangá] Fruits Basket

Fruits Basket



Em japonês: フルーツバスケット
Autor(a): Natsuki Takaya
Volumes: 23
Cap.: 123
Gêneros: Comédia, Romance, Drama, Shoujo, Sobrenatural, Escolar.



Sinopse: Após sua mãe morrer em um acidente de carro no caminho do trabalho, a estudante Tohru Honda vai morar com seu avô paterno. No entanto, ele decide ir morar com sua filha e os filhos dela, mas, como a casa precisaria ser reformada antes, pergunta a neta se ela não poderia morar com uma amiga durante a reforma. Sendo que sua amiga Saki Hanajima já possuía 5 pessoas morando com ela e sua amiga Arisa Uotani morava em um apartamento muito apertado, ela decide morar em uma barraca durante esse período, não contando a ninguém. Não demora muito para que Tohru descubra que, na mesma região que ela havia escolhido para montar a sua barraca, havia uma casa onde morava o seu colega de classe Yuki Sohma e seus primos, Shigure e Kyo, onde ela acaba indo morar, depois de um deslizamento que soterra sua barraca. Posteriormente, Tohru acaba descobrindo o segredo da família Sohma: Existem 13 pessoas na família que possuem a maldição de se transformarem em animais do horóscopo chinês quando estão muito fracos ou são abraçados por alguém do sexo oposto. Apesar disso, ela promete guardá-lo e tem permissão para continuar vivendo com eles.



Resenha:

Primeiramente quero dizer que esse mangá é um dos melhores que já li, comparável com NANA (que até hoje continua sem final ;/), mesmo sendo de gêneros diferentes. Foi um dos primeiros mangás que li e realmente fez com que eu me apaixonasse por eles, foi o primeiro de muitos.



A história se inicia com Tohru, uma garota que devido a diversos problemas em sua vida acaba mudando-se para uma barraca na floresta quando seu avô decide mudar-se para a casa da filha enquanto sua casa passava por reformas. Tohru, por ser gentil demais e não querer incomodar ninguém, mente para o avô dizendo que irá ficar na casa de uma amiga, e ele acredita. Ela vive em meio aos insetos e o silêncio, trabalhando e estudando, até que conhece Yuki Sohma o carinha bonitinho e misterioso do colégio em que estuda, cuja família é dona do terreno em que ela havia se instalado. São eles que a salvam dessa enrascada quando devido a um deslizamento, Tohru quase morre soterrada e perde os poucos itens que tinha. 

A partir de então Shigure - primo de Yuki com o qual o mesmo vive - convida-a para morar com eles, já que por serem só homens naquela casa eles realmente precisavam contratar alguém para limpar e cozinhar para eles. Porém, há algo de estranho com essa família, um segredo que não demora muito a ser revelado, já que os integrantes dessa  família foram amaldiçoados e devido a isso treze membros da família Sohma estão destinados a se transformarem em um dos animais do horóscopo chinês quando se encontram em estado de fraqueza ou quando abraçados por alguém do sexo oposto. 
Ela decide então ajudá-los e guardar seu segredo custe o que custar. 
Nem é preciso dizer que no início da história grande parte dos membros da família se sentem inseguros e temem que Tohru revele seus segredos, mas quando eles começam a perceber que a garota é confiável sua forma de vê-la vai mudando pouco a pouco e ela passa a ser conhecida por toda a família, mesmo que lentamente e conquistando sua simpatia.
Mas nem tudo são flores, pois no decorrer da história ela acaba sofrendo bastante para conquistar a confiança deles, principalmente, quando a ira de Akito se volta contra ela por estar tornando a vida dos membros da família mais coloridas, o que lhe causa inveja.
A forma como ela interage com eles, sempre paciente, gentil e solicita, acaba mudando eles como eles nunca imaginaram possível e pouco a pouco Tohru passa a conhecer cada um deles, suas histórias, seus traumas e cada animal em que eles se transformam.  

O enredo é bem dramático, mas também é muito engraçado e psicológico. 
E as histórias de amor e relacionamentos que se desenvolvem são lindos.
Chorei, ri e refleti muito ao ler esse mangá e recomendo muito sua leitura. Tohru, os Sohma e suas amigas irão certamente te cativar também.

Ps: Li o mangá por causa do anime, e mesmo que você tenha visto o anime, leia o mangá, pois a história se desenvolve muito mais no mangá. E existem personagens que nem aparecem no anime.




Informação adicional:

A lenda do horóscopo chinês conta que Deus daria uma festa e mandou convidar todos os animais, pedindo para que eles não se atrasassem. Porém, assim que soube da festa, o Rato foi até o Gato e o enganou dizendo que a festa seria outro dia. Com isso, no dia da festa todos os animais estavam presentes, exceto o Gato, que esperava ansioso o dia da festa. Com isso, o Gato ficou de fora do Horóscopo Chinês.

Fruits Basket é o nome de uma brincadeira conhecida no Japão, onde cada participante leva o nome de uma fruta. Só que a Tohru, quando brincava na escola, sempre era o “bolinho de arroz” (onigiri), que por não ser uma fruta era geralmente deixado de lado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

[Livro] Quem é você, Alasca?

Quem é você, Alasca? 


Autor: John Greene

Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez". 

***

Minha opinião: Sempre tive vontade de ler um livro do Sr. Greene, pois vários amigos já me indicaram livros dele - nem sempre o mesmo. Obviamente, a cada amigo que me indicava o dito cujo mais interesse eu tinha, então, dias atrás minha irmã chegou com o livro "Quem é você, Alasca?" que emprestou de um amigo na escola, então pensei: finalmente. O livro ainda permaneceu por alguns dias na minha cabeceira, mas quando resolvi começar a ler, não consegui mais parar. Posso dizer com toda franqueza que todas as indicações que recebi não mentira, o cara realmente escreve demais. E não são clichês recheados de finais felizes ou de amores impossíveis e pessoas rasas, são personagens intensos e problemáticos. Talvez, quando leio reparo muito nessas coisas em quão críveis são os personagens, mas não posso evitar, é algo que me chama atenção.  
E o livro começa com uma contagem regressiva para algo - eu não sabia nada sobre o enredo da história, logo, fui pega de surpresa pelo desfecho, apesar de a partir de certo ponto dar pra imaginar, eu não queria acreditar - e acaba sendo o antes e depois de um acontecimento que muda totalmente a vida do personagem principal, Miles (O Gordo) e todos que o rodeiam pois vai mudar a maneira como eles veem a vida e marcá-los para o resto de suas vidas.
E a forma como Miles trabalha essa tragédia, primeiro lidando com a negação, a aceitação, para em seguida lidar com a dor em si é simplesmente lindo. 
Algo que achei bem interessante foi o fato do personagem principal ter como hobby "últimas palavras", ele colecionava as ultimas palavras de célebres mortos e duas com maior destaque permeiam a obra toda, são as supostas frases finais de Simón Bolivar, "Como sairei deste labirinto?" e a de François Rabelais, "Saio em busca de um Grande Talvez".  
 

De forma especifica, a frase de Rabelais é o que motiva Miles do começo ao meio da obra, pois ele está obcecado com a possibilidade de ter o seu Grande Talvez que parece nunca chegar, e a partir do meio da obra, ou do depois, a obra gira em torno do labirinto e o que seria ele e se estamos presos nele, como fazer para escapar? No fim da obra inclusive Miles escreve a sua própria versão do que seria esse labirinto e como sair dele, acho que só por aquele bilhete que Miles deixa para seu amigo, o coronel, já vale a leitura, porque é recheado de filosofia e pensamentos, tanto perturbadores quanto tranquilizadores.



A história se passa em um colégio interno chamado Culver Creek e é onde Miles, o garoto retraído e sem amigos, conhece o Coronel, Alasca, Takumi e Lara, que acabam tornando-se seus amigos e recheando sua vida de memórias e novas experiências. Obviamente ele acaba se apaixonando por Alasca, uma garota sensual e inteligente, mas problemática. Alasca possuí uma biblioteca pessoal que montou através de lojas de garagem - bem comum nos EUA - e que ela chama de "livros da minha vida" pois são os livros que ela deseja ler durante a sua vida. É algo que encanta Miles ainda mais. Alasca é imprevisível e impetuosa, forte e ao mesmo tempo muito frágil, de uma fragilidade causada pela dor que veio para ela muito cedo, com a morte de sua mãe, bem diante de seus olhos. No decorrer do livro fica claro que o motivo das ações de Alasca serem tão inconsequentes é justamente o fato dela não poder ter feito nada para salvar a mãe.

O livro em si é realmente muito bom e recomendo fortemente, é lindo. Possui sacadas realmente muito interessantes e vai te fazer pensar um pouco mais na vida - se você for esse tipo de leitor. 


“Tantos de nós teríamos que conviver com coisas feitas e deixadas por fazer naquele dia. Coisas que terminaram mal, coisas que pareceram normais na hora, porque não tínhamos como prever o futuro. Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de conseqüências que resulta de nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.”

John Green - Quem é você, Alasca?